Espio pela janela de um apartamento, no alto de um edifício.
É noite e abro apenas uma fresta que refresque a sala, pois chove muito lá fora.
Eles estão debaixo de um toldo...
Sinto compaixão pelo estado deles, mas o que eu posso fazer?
Toda noite vejo alguns deles caçando lixo ou procurando em bando por abrigo.
Olho agora pros que estão ali.
Dois deles começam a brigar.
Boca no pescoço, pescoço na boca.
Não vejo sangue, mas pode ser a chuva.
O perdedor foge – do vencedor ou de sua derrota imagética?
Então explode na rua um grito de surpresa.
Foi o último de uma vida.
O motorista do Fox não desacelera nem por curiosidade.
É só mais uma vítima do acaso e do descaso.
É só mais um animal morto nesta cruel selva de pedra.
É noite e abro apenas uma fresta que refresque a sala, pois chove muito lá fora.
Eles estão debaixo de um toldo...
Sinto compaixão pelo estado deles, mas o que eu posso fazer?
Toda noite vejo alguns deles caçando lixo ou procurando em bando por abrigo.
Olho agora pros que estão ali.
Dois deles começam a brigar.
Boca no pescoço, pescoço na boca.
Não vejo sangue, mas pode ser a chuva.
O perdedor foge – do vencedor ou de sua derrota imagética?
Então explode na rua um grito de surpresa.
Foi o último de uma vida.
O motorista do Fox não desacelera nem por curiosidade.
É só mais uma vítima do acaso e do descaso.
É só mais um animal morto nesta cruel selva de pedra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário